As vendas de motos elétricas no Brasil dispararam em 2022, com um aumento de 878% na quantidade de unidades comercializadas entre janeiro e maio, em comparação com os primeiros cinco meses do ano passado. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) na quinta-feira (2).
Segundo a entidade, foram emplacadas 3.062 unidades de duas rodas movidas a energia elétrica no período, incluindo scooters e triciclos. Trata-se de um crescimento bastante expressivo, mas as versões eletrificadas ainda representam uma pequena parcela no volume total de vendas de motocicletas no mercado nacional, de 0,59%, considerando também os modelos a combustão.
Para a Fenabrave, um dos motivadores para o aumento nas vendas de motos elétricas está na disparada do preço do combustível, levando os consumidores a procurarem uma alternativa mais barata. Outro fator apontado é a alta demanda por entregas nos serviços oferecidos por apps de delivery.
Apostando nisso, o iFood começou a vender uma moto elétrica para entregadores, inicialmente disponível apenas em São Paulo. O veículo, produzido pela montadora Voltz, custa R$ 10 mil na pré-venda e tem autonomia de 180 km, podendo alcançar até 85 km/h de velocidade máxima.
Preço alto pode dificultar o acesso
Mesmo com o aumento na procura pelas motocicletas eletrificadas, o preço das versões sem emissão de poluentes é um fator que ainda dificulta o acesso à categoria. Dependendo do modelo, o valor cobrado pode chegar a custar o dobro de uma moto convencional.
Campeã de vendas do segmento, a Voltz inaugurou a primeira fábrica de motos elétricas do Brasil no final de maio, em Manaus (Amazonas). A opção mais barata da montadora é a scooter EV1 Sport, cujo preço parte de R$ 14.990 na variante com uma bateria, enquanto a opção EVS pode chegar a custar R$ 24.490 na versão com duas baterias.