Trata-se de um vírus da família Paramyxovirus, gênero Morbilivírus, que se replica nas células sanguíneas e no sistema nervoso central, sendo altamente contagioso entre os cães e sem riscos para seres humanos e outros pets domésticos.
A taxa de mortalidade é preocupante, além das inúmeras sequelas. Por isso é fundamental um diagnóstico precoce para garantir o monitoramento adequado do animal de forma que seja mantida a qualidade de vida do cãozinho.
É comum que atinja filhotes ou cães idosos por serem grupos que possuem o sistema imune mais fraco.
Transmissão:
- Forma direta: através de secreções, urina ou fezes;
- Forma indireta através de utensílios contaminados como, brinquedos, casinha, chão, comedouros e bebedouros.
O vírus pode permanecer até 3 meses no ambiente.
Sinais clínicos:
Em geral, é comum observar:
- corrimento nasal e ocular,
- diarreia,
- perda de apetite,
- tosse.
Mas esses sinais podem variar de acordo com a fase da infecção.
Fase gastrointestinal:
- vômito,
- Diarreia, podendo ser sanguinolenta,
- Falta de apetite,
- Dor abdominal.
Fase respiratória:
- Tosse,
- Pneumonia,
- Secreções oculares e nasais amareladas e densas,
- Dificuldade de respirar,
- Febre.
Fase neurológica:
- Alteração no comportamento,
- Convulsões,
- Vocalizações e tremores involuntários,
- Andar em círculos,
- Movimentos de pedalagem e paralisia.
Fase cutânea:
- Espessamento dos coxins e focinho,
- Conjuntivite,
- Pústula abdominal,
- Lesão na retina.
Diagnóstico:
É feito através da observação dos sinais clínicos, histórico do animal e exames como, ELISA (reação antígeno-anticorpo) ou PCR (identifica o vírus na secreção);
Tratamento
Não existe tratamento específico. Portanto, procura-se realizar um tratamento de suporte para que o organismo combata o vírus; e tratar os sinais clínicos e as doenças secundárias que o animal desenvolve.
Vem se utilizando cada vez mais a acupuntura para melhorar a resposta imunológica do animal.
Quando o sistema imunológico consegue combater o vírus, pode ser que o cãozinho apresente sequelas de acordo com a fase da infecção em que estava.
Prevenção
A melhor forma de previnir é a vacinação com uma das três múltiplas: V8, V10 ou V11. A primovacinação, ou seja, a realizada em filhotes deve ser feita aos 45 dias com pelos menos 3 doses com intervalo de 21 dias entre elas. Após a última dose, deve-se esperar pelo menos 10 dias para que o organismo crie os anticorpos na quantidade ideal. A revacinação deve ser anual.
Limpar com desinfetante os locais e utensílios que um cão infectado teve contato.
Não deixar que um cão sem a vacinação ande em locais públicos, ou seja, sem passeios até que ele esteja vacinado!