O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres, tem até a próxima segunda-feira (16 de janeiro) para se apresentar às autoridades de segurança do país. Torres, que está atualmente nos Estados Unidos, teve sua prisão decretada após os ataques golpistas que aconteceram em Brasília no último domingo (8 de janeiro).
De acordo com o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, o governo brasileiro entrará com um pedido de extradição caso Torres não retorne ao Brasil até a data estabelecida. Dino afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13 de janeiro) que “vamos aguardar até segunda-feira para que essa apresentação ocorra. Caso não ocorra, vamos realizar os procedimentos da extradição, já que houve o pedido de prisão”.
A prisão de Torres foi decretada a pedido da Polícia Federal pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Durante uma cerimônia de homenagem para profissionais que agiram contra os ataques golpistas do último domingo, Dino declarou que é “essencial compreender que a eleição de 2022 acabou” e que atentar contra um governo legitimamente eleito é crime. Ele enfatizou que milhões de reais foram roubados dos brasileiros e que as manifestações criminosas resultaram em uma das maiores prisões em flagrante. O ministro também mencionou que no decorrer da tarde ira ao STF para devolver a presidente da corte, Rosa Weber, um exemplar da constituição de 1988 que foi levado pelos bolsonaristas e recuperado posteriormente.