O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi convocado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para prestar depoimento em 2 de fevereiro. Ele é citado em pelo menos três inquéritos no STF, todos relacionados a uma suposta atuação golpista. Durante buscas na casa dele, a Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta de decreto prevendo uma intervenção na Justiça Eleitoral, o que seria inconstitucional.
Torres, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro, está preso preventivamente desde que voltou dos Estados Unidos, onde alegou ter ido de férias dias antes dos atos golpistas ocorridos em Brasília. Ele foi exonerado da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, em meio aos atos que resultaram na ampla depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e da sede do Supremo Tribunal Federal.
Em um inquérito específico, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Torres é investigado junto com o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) por suspeita de omissão ou conivência com os atos golpistas. O depoimento de Torres é crucial para esclarecer sua relação com os eventos ocorridos e sua possível participação neles.